Agentes do Irã montaram complô para matar Trump
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou que foram feitas acusações federais contra três pessoas em um plano para tentar matar Donald Trump antes das eleições presidenciais.
Segundo o departamento, os homens detidos aguardam julgamento.
O FBI descreveu Shakeri como um "ativo" do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica do Irã, e acredita-se que sua missão era vingar a morte de Qassem Soleimani, comandante iraniano morto em 2020 em um ataque em Bagdá, no Iraque, enquanto Trump ainda era presidente dos EUA. O ataque que matou Soleimani foi realizado por forças norte-americanas.
Shakeri teria sido "contratado" pelas forças iranianas para realizar outros ataques contra cidadãos norte-americanos e israelenses nos Estados Unidos, mas depois foi instruído a focar apenas em um ataque a Trump.
Shakeri informou aos agentes que havia sido incumbido de apresentar um plano para matar Trump um mês antes das eleições. Durante o interrogatório, Shakeri teria dito que não planejava propor um plano dentro do prazo estabelecido pelo Corpo de Guardas da Revolução Islâmica.
"Poucos representam uma ameaça tão grave à segurança nacional dos Estados Unidos quanto o Irã. O Departamento de Justiça acusou um ativo do regime iraniano, encarregado de liderar uma rede de associados criminosos para promover os planos de assassinato do Irã contra seus alvos, incluindo o presidente eleito Donald J. Trump", declarou o Procurador-Geral, Merrick Garland, em comunicado divulgado nesta sexta-feira.
Os outros dois indivíduos acusados, Carlisle Rivera e Jonathon Loadholt, cidadãos americanos, foram detidos em Nova York e são acusados de ajudar o governo iraniano a vigiar outro cidadão americano de origem iraniana.
Segundo o Departamento de Justiça, Shakeri emigrou para os Estados Unidos, mas foi deportado em 2008, após cumprir pena por roubo. Foi na prisão que conheceu Rivera e Loadholt e os contratou para atacar um ativista iraniano que vivia no Brooklyn.
O republicano Donald Trump foi eleito o 47.º presidente dos Estados Unidos, superando os 270 votos necessários no colégio eleitoral, enquanto o apuramento dos resultados ainda está em andamento.
Trump também lidera a adversária democrata no voto popular, com 50,7% contra 47,7% de Kamala Harris.
Os últimos meses foram marcados por pelo menos outras duas tentativas de assassinato, às quais Donald Trump reagiu dizendo que "nunca se renderá".
Leia Também: Carro explode no Queens, em Nova York; veja o vídeo
COMENTÁRIOS